BIDEN BUSCA DERRUBAR NETANYAHU

BIDEN BUSCA DERRUBAR NETANYAHU

   “Esperamos que os nossos amigos atuem para derrubar o regime terrorista do Hamas e não o governo eleito em Israel”, disse o responsável.

   (13 de março de 2024/JNS)

   Um funcionário israelense “muito graduado” criticou na terça-feira um relatório da inteligência dos EUA que afirmava que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “pode estar em perigo”, em meio às críticas contínuas do governo Biden sobre o andamento da guerra contra o Hamas por Jerusalém.

   “Aqueles que elegem o primeiro-ministro de Israel são os cidadãos de Israel e mais ninguém”, de acordo com um comunicado divulgado à mídia em nome do funcionário.

   “Israel não é um protetorado dos EUA, mas sim um país independente e democrático cujos cidadãos são quem elegem o governo. Esperamos que os nossos amigos atuem para derrubar o regime terrorista do Hamas e não o governo eleito em Israel”, acrescentou o responsável.

   A declaração seguiu-se à publicação na segunda-feira da “Avaliação Anual de Ameaças da Comunidade de Inteligência dos EUA de 2024”, que delineou a expectativa de Washington de que grandes manifestações forçarão a renúncia de Netanyahu e provocarão a substituição de seu governo de direita por uma coalizão “mais moderada”.

   “A desconfiança na capacidade de Netanyahu para governar aprofundou-se e alargou-se entre o público, a partir dos já elevados níveis anteriores à guerra, e esperamos grandes protestos exigindo a sua demissão e novas eleições. Um governo diferente e mais moderado é uma possibilidade”, afirma o relatório.

   As agências de inteligência observaram que o antigo líder israelense “declarou publicamente sua oposição à diplomacia do pós-guerra com a Autoridade Palestina (AP) em direção ao compromisso territorial”.

   Nos últimos meses, a administração Biden tem pressionado pelo P.A. regressar ao poder em Gaza como um primeiro passo em direcção a um Estado palestiniano. A Casa Branca teria ameaçado o reconhecimento unilateral em meio à ampla oposição à medida em Israel.

   Na segunda-feira, o Politico informou que o presidente dos EUA, Joe Biden, está considerando condicionar a ajuda militar a Israel se Jerusalém avançar com a conquista do último reduto do Hamas, Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

   Em entrevista à MSNBC no fim de semana, Biden disse que conquistar Rafah é uma “linha vermelha”, antes de esclarecer rapidamente que “nunca deixarei Israel. A defesa de Israel ainda é crítica, por isso não há uma linha vermelha [onde] vou cortar todas as armas para que eles não tenham a Cúpula de Ferro para protegê-los.”

   Netanyahu respondeu aos comentários sobre a “linha vermelha” de Biden, dizendo à Fox News na segunda-feira que destruir os últimos batalhões do Hamas é essencial para vencer a guerra.

   “Quer dizer, temos que ter essa vitória. Não podemos ter três quartos de vitória. Não podemos ter dois terços de vitória, porque o Hamas irá reconstituir-se com estes quatro batalhões em Rafah, reconquistar a Faixa de Gaza e realizar o massacre de 7 de Outubro uma e outra vez. E para nós, para Israel, não apenas para mim, mas para o povo de Israel, essa é uma linha vermelha. Não podemos deixar o Hamas sobreviver”, disse o primeiro-ministro.

   De acordo com uma pesquisa publicada no início desta semana, mesmo os israelenses que não confiam na liderança de Netanyahu continuam a apoiar algumas de suas principais políticas de guerra, incluindo sua oposição à solução de dois estados e sua insistência para que as Forças de Defesa de Israel derrotem o Hamas em Rafah.

   No ano passado, protestos semanais contra a agora arquivada agenda de reforma jurídica de Netanyahu abalaram o Estado judeu. O Movimento para um Governo de Qualidade em Israel, uma das organizações que lidera a oposição à iniciativa, recebeu financiamento do Departamento de Estado dos EUA.

   Tradução Josimar Salu

   #ASONE

   https://www.jns.org/israeli-official-biden-seeking-to-oust-netanyahu/